Pois é !
Você está na jornada de transformação digital na sua empresa como CEO ou Diretor ou Gerente de um Departamento ou Equipe, está implantando a cultura de métodos ágeis.
Seguiu a cartilha: selecionou a equipe com maior facilidade de adaptação. Mobilizou, criou sentido de urgência , fez algumas ações de mudança organizacional, trouxe treinamentos de qualidade, treinou os profissionais e os times em métodos ágeis, definiu papéis, definiu product owner, scrum master e times, discutiu os desafios e resultados a serem alcançados e começou a jornada! Empolgado, já está pensando em montar os seus Squads.
Será que estamos fazendo o suficiente?
Precisamos calibrar a nossa abordagem na introdução de metodologias que mudam radicalmente o jeito como fazemos as coisas na empresa.
Instalar uma cultura de colaboração não é um processo fácil. Como líderes precisamos criar e cultivar o ambiente e as condições necessárias para o desenvolvimento do processo colaborativo. A palavra chave aqui é CULTIVAR.
Aqui vai algumas dicas:
Transformação Digital – Engajar e aglutinar a equipe
O primeiro ponto, um time não é apenas um conjunto de pessoas com conhecimento multidisciplinar, mas também, um conjunto de pessoas que conseguem trabalhar de forma colaborativa para atingir um único objetivo e saiba que nem todos embarcam nessa jornada.Desenvolva ações para engajar e aglutinar a equipe, estabelecer foco e significado no resultado!
Pessoas trabalham em razão dos seus próprios interesses, e se a mudança é muito significativa e contrária a estes interesses pessoais, de varias ordens inclusive emocionais e de valor, o grau de resistência e dificuldade de fazer um time integrado e colaborativo aumenta exponencialmente.
Ter um propósito colabora positivamente! Mas não é o suficiente, Walk The Talk, tangibiliza mais! Ações de conscientização são fundamentais.
Um trabalho significativo para reverter o custo percebido pela mudança deve ser realizado, mostrando os benefícios e minimizando a rejeição à mudança. Lembre-se, uma coisa é o seu time inicial, outra coisa é escalar para toda a corporação.
Veja aqui na fala de Tim Brown, como ele seleciona os seus times criativos, em que ele enfatiza que uma das qualidades desejadas é a capacidade de colaborar e ajudar aos outros. Condição essencial para se construir um time de alto desempenho. Ele não busca um novo Einstein, mas um time com inteligência coletiva compartilhada.
Diferente do time da Ideo, você quer a execução ágil nos processos operacionais, talvez não tão criativo, mas o seu foco é o mesmo: Construir um time com inteligência coletiva compartilhada!
Competência, Colaboração, Autonomia e Auto-organização
Lembre-se que a competência, a colaboração, a autonomia e a auto-organização são características de valor em times ágeis e é o que produz resultado. Trabalhe estes valores!
Estudos do Instituto Gallup, mostram que menos que 40% das habilidades dos colaboradores são efetivamente utilizadas na empresa.
Product Owner – Guardião da Visão
Garanta que o seu Product Owner, tenha e seja o guardião da visão do produto ou serviço a ser entregue, mesmo serviços e atividades de um departamento.
Uma falha comum: no embate do que deve ser realizado, muitas vezes alguns stakeholders conseguem impor as suas necessidades como prioritárias em detrimento de uma solução de maior beneficio na perspectiva do cliente e alinhada com a estratégia da empresa.
Um bom caminho aqui é que os seus gestores e colaboradores que estão com o chapéu de Product Owner, tenham ou adquiram um conhecimento solido sobre os objetivos estratégicos da empresa, saiba um pouco de análise requisitos de negócio, principalmente no que se refere a integração dos requisitos estratégicos, corporativos e departamentais.
Esses requisitos não estar presos a desenvolvimento de software, são requisitos do produto ou serviço, independente de serem digitais ou não. Esse alinhamento é um instrumento fundamental para integrar demandas e minimizar divergências.
Trabalhar a Autonomia do Time
O quarto ponto é trabalhar a autonomia do time, aumentando a responsabilidade coletiva e individual, estabelecendo o foco na entrega dos resultados. Foco: A autonomia traz responsabilidades!
Você ja ouviu falar em Intelligent Swarming ou collaboration on steroids?
É uma metodologia para aumentar a colaboração na solução de problemas e esta redefinindo a forma como o Service Desk, trabalha, juntamente com Case Management. Tem sido apresentada e praticada por muitos times de DevOps, entre os fabricantes, early adopters estão BMC, PTC e Microsoft entre outros. O fundamental é ter visibilidade das competências que cada membro da equipe tem e métodos para aumentar a contribuição/participação no time, muitas idéias ali podem ser utilizadas no seu contexto.
Conflitos de Poder
Trabalhe os conflitos de relação de poder com os stakeholders mais próximos da equipe, para que o dia a dia não impacte significativamente a atuação da equipe, empondere o Scrum Master, ele tem que ter capacidade e poder de resolver conflitos de interesses, e aliviar a equipe, é um líder servidor, mas tem que ser um líder com poder, principalmente externamente à equipe.
Tangibilize o Novo – Mude o Ambiente!
Crie visibilidade para todos, de que o novo chegou! Faça mudanças no ambiente de trabalho, mude a posição das mesas, integre mais. Coloque um quadro branco na sala de trabalho, não na sala de reunião, desenhe um Kanban, e faça uso intensivo de post-it. Discuta com a equipe sobre o trabalho em pé junto ao quadro de atividades, mude a forma como as decisões são tomadas. Mostre que o novo veio para ficar! Faça isso na velocidade adequada, refletindo no impacto que isso causa!
É incrivel, mas em algumas empresas, as pessoas são sensibilizadas da mudança, são treinadas, esforços acontecem e reuniões acontecem, mas depois elas vão para as suas mesas e usam as mesmas ferramentas! Tudo é sugado pelo cotidiano! É comum a seguinte fala: É isso não vai mudar é só mais uma moda! Estou aqui a bastante tempo, vocês vão ver! Pois uma das referências que todos carregam, é que no final das contas estão no mesmo lugar, mesmo ambiente, com as mesmas ferramentas e para piorar o gestor se comporta da mesma maneira. Fracasso anunciado!
Gemba
Não acredite nos resultados que lhe apresentem, veja por si mesmo, isso é Gemba! Genchi Genbutsu (Vá Ver!)!
Avalie o impacto – Quantitativa e Qualitativamente.
Perceba se esta ocorrendo uma mudança de clima organizacional! Veja os resultados, não somente numéricos, mas também qualitativos!Utilize Gemba! Se os colaboradores não estão motivados, use a sua percepção junto com a dos gestores para corrigir a rota!
Escale com uma visão do todo – VeriSM
O seu piloto está voando! Precisamos escalar. Aqui uma estratégia global e consistente se faz necessária, uma mapa de competências e características dos departamentos, para ser efetivo!
Recomendo que você conheça o VeriSM – Uma abordagem para a transformação digital – Ele não é um framework de melhores práticas, mas a cola que permite você integrar visões , práticas , melhores práticas, modelos, ferramentas e tecnologias para obter resultados. Ele foi construído pensado em como avaliar e combinar técnicas e métodos de gestão, tecnologias para as características únicas da sua empresa!
Ele é abrangente, indo do estratégico ao operacional, mas recomendo que foque nos resultados que você esta procurando obter!
Seja simples e obtenha resultados significativos.
Quer saber mais sobre VeriSM – Veja alguns posts, acesse aqui
Espero que essas dicas de alguma forma contribua para o sucesso de sua transformação digital!
No próximo post falaremos como aumentar a velocidade do seu time de Scrum! A atenção que devemos ter na modelagem da reunião de retrospectiva!
Até a próxima.